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A indústria é o setor da economia que mais recebeu reclamações trabalhistas em Mato Grosso do Sul. Em 2016, foram 12.546 novos casos, o que representa 36% de todos as ações.  A quantidade de processos e o tempo de tramitação foram assuntos discutidos durante uma reunião na manhã de hoje entre o Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região, Desembargador João de Deus Gomes de Souza, e o Presidente da Fiems, Sérgio Longen.

O Presidente do TRT/MS destacou que uma das prioridades da sua gestão, que teve início em janeiro deste ano, é reduzir os prazos e as reclamações trabalhistas. "O foco da minha administração nesses 24 meses é diminuir o número de ações, bem como o lapso de tempo da durabilidade do processo na Justiça do Trabalho. Para isso, uma alternativa é a conciliação" afirmou o magistrado que também pretende incentivar os acordos extrajudiciais.

Desde 2011, o TRT/MS conta com o Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos, que tem competência para mediar na fase pré-processual (conflitos coletivos) e conciliar processos em andamento em 1º e 2º Graus, inclusive aqueles pendentes de julgamento no Tribunal Superior do Trabalho. O Presidente do Tribunal informou, ainda, que neste ano será criado um Núcleo de Conciliação do 1º Grau para agilizar a tramitação dos processos, em Campo Grande.

Para o Presidente da Fiems a crise econômica prejudicou o desempenho da indústria, refletindo nas ações trabalhistas. Sérgio Longen também demonstrou preocupação com os valores das condenações na Justiça do Trabalho de Mato Grosso do Sul que somaram R$ 340 milhões, em 2016.

"Nós queremos evoluir nas negociações. A nova e mini reforma que está sendo discutida trabalha nessa direção, que é a valorização dos acordos coletivos laboral e patronal", afirmou Sérgio Longen que defende que o Poder Judiciário valide os acordos coletivos fechados entre trabalhadores, sindicatos e empresários.

FONTE: NOVANEWS